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Cooties: a epidemia (Cooties, 2014)

  • Foto do escritor: Pedro Alves
    Pedro Alves
  • 11 de out. de 2015
  • 2 min de leitura

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Em um abatedouro, um funcionário agarra uma galinha. Ela se debate por alguns segundos até que o homem quebra seu pescoço. A partir daí, seguimos a trajetória da ave. Ela sendo mergulhada em água quente para ser depenada; sendo moída e processada; transformando-se em recheio para nuggets; sendo embalada; frita e servida. Durante todo o percurso, percebemos que existe algo de errado com essa galinha. O asco ocorre quando uma menina morde o empanado fazendo com que, de dentro dele, saia um líquido preto. Com esse prólogo meio O Senhor das Armas, Cooties tem início.

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Cooties é uma doença infantil ficcional. Fala-se que uma criança pegou cooties quando a mesma entra em contato com alguma pessoa “infectada”. Geralmente, essa pessoa é do sexo oposto e da mesma idade. A expressão também pode ser utilizada como uma gíria para piolho. (fonte: Wikipedia) A partir dessa premissa, o filme desenvolve uma trama de humor negro se passando dentro de uma escola onde todos seus alunos são infectados por um vírus que os transformam em zumbis-mirins. Em meio a isso, os professores são obrigados a descobrir o que está acontecendo e, principalmente, a sobreviver.

A subversão dos clichês do gênero é uma das melhores coisas que o filme oferece. Está presente tanto o cientista que explana sobre o vírus e faz experimentos medonhos, só que aqui representado pela figura de um professor de biologia; quanto o cara fodão que não se abala com nada e consegue sempre manter o grupo vivo  —  nesse caso, o professor de educação física. Dando vida a essas figuras estão atores que vão de Elijah Wood (que já havia mostrado seu talento humorístico na série Wilfred), até Rainn Wilson e Alison Pill que estão incríveis.

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A direção da dupla Jonathan Milott e Cary Murnion consegue criar desde sequências de tensão absurdas (o pandemônio no parquinho é um excelente exemplo) a gags visuais impagáveis (como a do professor de biologia dando o diagnóstico ao personagem do Elijah Wood após analisar os seus fluídos corporais). Contudo, vez ou outra, a direção peca ao passar alguns segundos do timing da piada. Além disso, um caso amoroso é desenvolvido na trama sem que agregue qualquer valor a narrativa e deixado de lado ao final da película.

Cooties foi uma agradável surpresa em meio a enxurrada de obras similares envolvendo mortos-vivos. Foi um respiro tão necessário para o gênero quanto foi Todo Mundo Quase Morto do Edgar Wright.

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